O que é a enzima SERINA PROTEASE?
- Marketing TECNOGLOBO
- 9 de set.
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Atualizado: 20 de out.
O que são Serina Proteases?
As serina proteases são uma classe de enzimas proteolíticas (ou peptidases) que hidrolisam ligações peptídicas em proteínas. Seu nome vem do fato de que o resíduo de serina em seu sítio ativo desempenha um papel essencial no mecanismo de catálise.
Principais características:
Classe de enzimas: Hidrolases (EC 3.4.21)
Substrato: Proteínas ou peptídeos
Produto: Peptídeos menores ou aminoácidos livres
Aminoácido-chave: Serina (no sítio catalítico)
Mecanismo de Ação
As serina proteases utilizam um mecanismo altamente conservado, envolvendo uma tríade catalítica composta por três aminoácidos:
Serina (Ser)
Histidina (His)
Ácido aspártico (Asp)
Etapas do mecanismo:
Ativação da serina:
A histidina abstrai um próton da serina, tornando o grupo -OH da serina um nucleófilo forte.
Ataque nucleofílico:
A serina ataca o carbono carbonílico da ligação peptídica do substrato, formando um intermediário tetraédrico.
Clivagem da ligação peptídica:
O nitrogênio do grupo amino do substrato é liberado, deixando um intermediário acil-enzímico.
Hidrólise do intermediário:
Uma molécula de água é ativada e quebra o intermediário acil, liberando o segundo fragmento do peptídeo.
Esse mecanismo permite que a serina protease quebre proteínas de forma eficiente e altamente específica.
Exemplos de Serina Proteases
1. Tripsina
Ativa no intestino delgado
Cliva ligações após lisina (K) ou arginina (R)
Importante na digestão de proteínas
2. Quimotripsina
Atua em resíduos hidrofóbicos (ex: fenilalanina, triptofano, tirosina)
Também presente no trato digestivo
3. Elastase
Ataca resíduos pequenos e neutros (ex: alanina, glicina)
Presente em neutrófilos — importante na resposta imune
4. Fator Xa e Trombina
Participam da cascata de coagulação sanguínea
⚙️ Aplicações Biotecnológicas e Clínicas
Produção de detergentes enzimáticos (ex: enzimas resistentes a pH extremo)
Terapias anticoagulantes (inibição da trombina e fator Xa)
Alvos farmacológicos em doenças como inflamações crônicas, câncer e distúrbios de coagulação
Digestão proteica em laboratório, para análise por espectrometria de massa (ex: tripsina)




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